quarta-feira, 24 de março de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

quarta-feira, 3 de março de 2010

Reformas Religiosas

O processo da reformas religiosas começa no século XIV com a insatisfação frente à Igreja Católica Apostólica Romana. Tal insatisfação diz respeito aos abusos desta igreja frente e a mudança da visão de mundo que começa a acontecer simultaneamente.
Com a excessiva acumulação de bens pela igreja, a grande preocupação material desta e a luxuria que parte de seus sacerdotes viviam. Também havia sérios problemas no respeito às próprias convicções católicas, tendo muitos sacerdotes entrando em desvios de seus dogmas como o desrespeito ao celibato e o descaso com os cultos e ritos religiosos. Somando-se a isso existe o próprio processo de formação da burguesia comercial, que era condenada pelos padres por usura e o lucro, causou descontentamento por parte dessa classe emergente.
Além disso, os reis também estavam insatisfeitos com a interferência dos papas nas questões políticas condizentes com a realeza.



Indulgências

Também ocorria a venda de relíquias falsificadas e indulgências por parte do próprio Vaticano para a construção da Basílica de São Pedro. Essas Indulgências eram o perdão total ou parcial dos pecados cometidos na vida terrena, pois acreditava-se que o perdão obtido pela confissão não significa a eliminação das penas temporais, ou seja, do mal causado como consequência do pecado já perdoado, necessitando por isso de obter indulgências e praticar as
boas obras, a fim de reparar o mal que teria sido cometido pelo pecado.


Anglicanismo

Na primeira metade do século XVI, o rei absolutista Henrique VIII (1509-1547), que fora aliado do papa, fundou a igreja Anglicana (que diferia muito pouco da Igreja Católica), devido à negação do papa a seu pedido da anulação do casamento com Catarina de Aragão. Além disso, esse rompimento também foi causado pelo fato da Igreja Católica ser detentora de grande parte das terras inglesas, o que gerava a cobiça da nobreza. Tal rompimento resultou no Ato de Supremacia, que foi votado pelo Parlamento, e dava total poder a Henrique VIII sobre a Igreja.


Luteranismo

Martinho Lutero (1483-1546) nasceu em Eisleben, na Alemanha. Estudou Direito e, em seguida se tornou um membro da Igreja. Porém, ele não concordava com as atitudes tomadas pelos Clérigos, como por exemplo, a venda das indulgências. Para expressar sua opinião, em 1517 Lutero afixou na porta da Catedral de Wittenberg 95 teses escritas em alemão questionando a atuação do alto Clero e do Papa. Elas se propagaram rapidamente, mesmo com a intervenção da Igreja.
Lutero foi apoiado por parte da população e pela nobreza, que protegeram-no da perseguição do Papa. Ele se salvou da fogueira, porém não da ex-comunhão. Então, foi fundado o Luteranismo.


Calvinismo

João Calvino (1509-1564) entre os primeiros adeptos das idéia de Martinho Lutero, mas com o tempo começou a defender que a salvação vinha pelo trabalho justo e honesto e que o enriquecimento era apenas uma graça divina, não podendo ser condenado, mas sim que era uma predestinação divina e que nada podia ser feito para mudar isso. Com esse pensamento Calvino acaba atraindo muitos comerciantes e banqueiros. Contra-Reforma


Contra-Reforma

Frente aos movimentos de ruptura com a Igreja Católica, esta primeiramente começou um processo de perseguição, que não teve grandes frutos. Diante a isso começou-se a reconhecer a ruptura protestante e, juntamente a isso, começou um movimento de moralização e reorganização estrutural da Igreja Católica. Entre essas medidas destacam-se:

Criação da Ordem dos Jesuítas: Fundada em 1534, pelo militar espanhol Inácio de Loyola, os jesuítas consideravam-se soldados da igreja e possuíam uma estrutura militar, que tinha por função combater o avanço protestante com as armas do espírito, através da catequização e da conversão ao catolicismo. No âmbito da catequização, destaca-se o trabalho dos jesuítas nas novas terras descobertas, visando converter os não-cristãos.

Concílio de Trento: em 1545, o papa Paulo III, convocou reuniões entre católicos, realizadas inicialmente na cidade de Trento. Esse apresentou, ao final de 18 anos, um conjunto de decisões para garantir unidade católica e disciplina eclesiástica e reafirmando o dogma católico.

Inquisição: O tribunal da Inquisição foi criado em 1231, mas com o tempo foram reduzindo suas atividades. Mas com o avanço do protestantismo eles foram reativados em meados do século XVI. Entre suas atividades foram criadas listas de livros proibidos e julgaram os que discordavam da Igreja Católica.