domingo, 10 de abril de 2011

pesquisa em dupla - guerra do contestado

Guerra do Contestado

Introdução:

A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina.

A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Parará e Santa Catarina, rica em erva-mate e madeira.

Objetivos:

A população queria suas terras de volta para ter um lugar para morar e trabalhar novamente, e queriam impedir a construção da ferrovia.

O conflito também foi motivado por religião. Os caboclos que participaram da guerra acreditavam que se tratava de uma “guerra santa”, pois, naquele período, as idéias de caráter messiânico se tornaram populares entre a população mais pobre.

Causas:

A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.

Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.

O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.

Reação do governo:

Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses. O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.

Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.

Curiosidades:

O primeiro uso de avião para guerra no Brasil foi durante a Guerra do Contestado(reconhecimento).

Usaram forças desproporcionais contra os rebeldes. O governo do marechal Hermes que já estava mal visto pelo povo se tornou menos apoiado ainda.


pesquisa em dupla - cangaço


Cangaço

Cangaço foi um fenômeno ocorrido no nordeste brasileiro de meados do século XIX ao início do século XX. O cangaço tem suas origens em questões sociais e fundiárias do Nordeste brasileiro, caracterizando-se por ações violentas de grupos ou indivíduos isolados: assaltavam fazendas, sequestravam coronéis (grandes fazendeiros) e saqueavam comboios e armazéns. Não tinham moradia fixa: viviam perambulando pelo sertão, praticando tais crimes, fugindo e se escondendo.

Os cangaceiros conheciam a caatinga e o território nordestino muito bem, e por isso, era tão difícil serem capturados pelas autoridades. Estavam sempre preparados para enfrentar todo o tipo de situação. Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimento, rotas de fuga e lugares de difícil acesso.

Reação do governo:

Por parte das autoridades, Lampião simbolizava a brutalidade, o mal, uma doença que precisava ser cortada. Para uma parte da população do sertão, ele encarnou valores como a bravura, o heroísmo e o senso da honra (semelhante ao que acontecia com o mexicano Pancho Villa).

O cangaço teve o seu fim a partir da decisão do então Presidente da República, Getúlio Vargas, de eliminar todo e qualquer foco de desordem sobre o território nacional. O regime denominado Estado Novo incluiu Lampião e seus cangaceiros na categoria de extremistas. A sentença passou a ser matar todos os cangaceiros que não se rendessem.

Causas:

As causas do surgimento do cangaço foram a pobreza, a falta de esperanças e revolta. Muitos eram pequenos proprietários, mas mesmo assim tinham que se sujeitar ao poder dos coronéis. Do meio do povo sertanejo rude e maltratado surgiram os cangaceiros mais convictos de que lutavam pela sobrevivência do que cometiam atos criminosos.

Objetivos:

Os cangaceiros não tinham um objetivo definido, mas era certo que queriam acabar com o poder dos coronéis, e tinham grande influência sobre a população nordestina. Queriam riquezas, mas para si, e não para o povo.

Curiosidades:

Lampião era cego do olho direito porque em uma de suas fugas da polícia, ele caiu do cavalo, e feriu o olho em uma planta espinhosa. Ele possuía um cartão com foto – um luxo para pessoas daquela época, e, costumava roubar vidros de perfume para uso pessoal, e passava um pouco em seus cavalos.



Revolta da vacina

Causas: A situação do Rio de Janeiro, no início do século XX, era precária. A população sofria com a falta de um sistema eficiente de saneamento básico. Este fato desencadeava constantes epidemias, entre elas, febre amarela, peste bubônica e varíola. A população de baixa renda, que morava em habitações precárias, era a principal vítima deste contexto.

Preocupado com esta situação, o então presidente Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento básico e reurbanização do centro da cidade. O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi designado pelo presidente para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade, mesmo sendo um objetivo positivo, em prática foi violento e autoritário.

Objetivos: O objetivo da população era acabar com esse movimento, pois para eles tudo aquilo era desconhecido, não acreditavam na eficácia da vacina, e não concordavam com essa intervenção do governo. A população se rebelou.

Reação do Governo: A aprovação da Lei da Vacina fez a revolta estourar. A reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar estado de sítio (16 de novembro). A rebelião foi contida, deixando 50 mortos e 110 feridos. Centenas de pessoas foram presas e, muitas delas, deportadas para o Acre.

Curiosidades: Havia boatos de que a vacina teria de ser aplicada nas "partes íntimas" do corpo (as mulheres teriam que se despir diante dos vacinadores), isso mexeu muito com a população, na época, as roupas cobriam quase que o corpo inteiro, o ato de uma mulher despir seu braço já era de se “envergonhar” e mal visto pela população.



Pesquisa em dupla

Revolta da Chibata

Local: Na cidade do Rio de Janeiro.

Época: No início do século XX (22 de novembro de 1910)

Causas: O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros, desencadeou a revolta.


O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo. O clima ficou tenso e perigoso.

Objetivos: Fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que participaram da revolta.

Reação do governo: As reinvidicações dos marinheiros foram aprovadas, e alem disso, nenhum deles seria preso, o que fez com que eles se entregassem para as autoridades. Os castigos corporais chagaram ao fim...Mas, os lideres da revolta foram presos, com a precariedade das prisões, muitos morreram, João Candido sobreviveu e foi absolvido em um julgamento que aconteceu em 1912.

Curiosidades: Depois de sair da prisão em 1912, João Candido ficou conhecido como Almirante Negro, de logo depois faleceu em 1969.