domingo, 20 de março de 2011

Comercial de Inglês

Grupo: Aline, Gabriela, Giulia M., Malu e Vanessa - 9ºB

Fizemos uma propaganda sobre Beautiful Miracle, uma chapinha que alisa e pinta o cabelo. É uma paródia de propagandas enganosas, que vendem seus produtos caros e que não funcionam, sem pensar nos consumidores. A gravação está baixa. Coloque no volume máximo para poder ouvir os diálogos.
Aproveitem! ;)

http://www.youtube.com/watch?v=YiotyxZ9Pg8&feature=feedwll


domingo, 13 de março de 2011

Entrevista

Entrevista com Ozaide Sonsin Damasceno, neta de imigrantes italianos, e também a minha avó :D

Que parentes seus eram imigrantes? De onde vieram?

Meus avós maternos, Riccieri Luís Cappelozza e Adélia Felippe Cappelozza. Eles vieram de uma cidade no sul da Itália, chamada Ruvigo.

Por que vieram ao Brasil? Trabalhar no quê?

Eles vieram por causa da miséria, da pobreza, chegaram até a passar fome, era período pós-guerra. Pra trabalhar na lavoura, e trabalharam muito.

Pós 1ª Guerra?

É, acho que foi pós 1ª Guerra. [A guerra] Acabou com tudo, deixou muita pobreza.

Na sua família, eram comuns comidas típicas e costumes da Itália?

Eram, e ainda é. As comidas eram muita massa, ravióli, capelleti, polenta, tudo feito em casa. O meu avô não tomava água, era sempre vinho, todo dia. Não tinha esse negócio de beber pinga, era só vinho. Minha avó e meu avô só falavam italiano com a gente, mas depois que entramos na escola, as crianças caçoavam da gente, mas eu sabia sim, era fluente, pena que na época não demos valor a isso.

Você lembra alguma história que seus avós te contaram?

Meu avô sempre dizia que o Brasil era abençoado, porque era pós-guerra, e mesmo assim as pessoas comiam bem. O navio deles chegou em Santos, e eles trabalhavam em Campinas, numa fazenda chamada Sousas, mas que depois virou sub-distrito de Campinas. Minha avó, quando chegou aqui, ficou com medo, e trancava as portas. Demorou muito tempo até ela se acostumar, porque na Itália não havia pessoas negras, e ela nunca tinha visto. E na Itália as mulheres se vestiam bem, e saíam sempre de luvas e chapéu, lá na Europa, já aqui não era assim, era um serviço pesado, e as mulheres cuidavam dos filhos e da casa, enquanto os homens trabalhavam.

Na sua cidade, moravam muitos imigrantes? De que países?

Eu nasci em Araraquara, tinham muitos imigrantes. Tinham muitos italianos, alemães, japoneses, muitos vieram pra cá, e cada um foi pra um lugar diferente.

As datas comemorativas eram iguais ou diferentes das do Brasil?

Eram iguais, mas não tinha esse negócio de peru, era sempre capeletti, capeletti não podia faltar, e frango. [Risos] a minha avó, a minha avó era muito “nojenta”, gostava de tudo limpo! Ela matava os frangos para as refeições e depois lavava com bucha vegetal. Eles gostavam muito de canja também, e punham um frango inteiro na panela.

Como era a alimentação, além das massas?

Tudo era feito em casa, criavam os animais e abatiam. Porco, galinha...Doce de figo, de abóbora, línguiça caseira de porco, requeijão caseiro... Até o café, era moído em casa.

Como era a vida das mulheres? E dos homens?

As mulheres, todas sabiam costurar, passava de geração em geração, era muito difícil achar uma mulher italiana que não fizesse isso. Meu pai, que era brasileiro, sabia carpintaria, serviço de sapateiro, cestaria, sabia fazer vassouras, todo mundo queria aquelas vassouras, ele fazia a noite pra entregar de dia, punhadinho por punhadinho ele costurava com barbante, até a barrigueira, que era uma parte da cela do cavalo ele sabia fazer. Não sei se ele aprendeu com meu avô italiano, que era cozinheiro. Acho que meu pai aprendeu sozinho, ele olhava e fazia, quase autodidata, apesar de que foi uma pessoa quase sem instrução.

Seus parentes tiveram que lutar na 1ª Guerra?

Não sei se meu Vô participou da guerra, acho que sim, mas não tenho certeza. Ele, já no Brasil, tinha um rádio, e gostava de ouvir as notícias. Minha Vó falava “Stai zitto! Stai zitto! [Cale a boca!] Que agora vêm as notícias!”. Eles tinham medo de ter que mandar os filhos, se tivesse uma nova guerra.

E na 2ª Guerra? Alguém foi lutar?

Não, mas eles tinham muito medo de ter que mandar os filhos. Guerra é uma coisa triste, você vai, mas não sabe se volta. Meu avô gostava de política, de ouvir as notícias. Ele gostava do Luís Carlos Prestes, que era comunista, e ele nem fez lá grandes coisas, mas meu avô gostava. Mas na 2ª Guerra, meu avô não gostava do Mussolini, não achava que ele seria bom pra Itália.

E seus avós? Gostavam mais daqui, do Brasil, ou da Itália?

Ah, mais daqui, eu acho. Mesmo que faltassem algumas coisas. Às vezes, faltava farinha, e não dava pra fazer pão em casa. Aí, meu avô saía cedinho, e comprava um pão grande, a gente chamava filão. Italiano sem pão não é italiano.

Eles chegaram a morar em uma cidade grande?

Eles moraram só um tempo no interior, mas logo foram pra cidade de São Paulo, morar no [bairro do] Tatuapé. Os filhos foram logo trabalhar na indústria. Meu avô foi visitar a Argentina, e queria morar lá, mas depois desistiu, não sei por quê. Ele trabalhou um tempo na fábrica de seda também.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Jornal Histórico


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terça-feira, 1 de março de 2011

Geografia - Período entre Guerras - 9º B

Abaixo está o link da nossa apresentação sobre o período entre guerras, feita por mim, Vanessa, Giulia M., Malu e Gabriela, do 9º B.


http://www.youtube.com/watch?v=_G9B9IYedaE